SER OU NÃO SER EIS O NATAL

O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; 

eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.

João 10:10

Somos o que somos, e ainda seremos o que havemos de ser, sendo por intervenção ou planejamento e também ainda por conseqüência de alguma coisa, porque um nascimento aconteceu. Partindo pelo pressuposto que o não ser alguma coisa sim nos torna alguma coisa, talvez alguem a ser desprezado pela sociedade, por não ser como por ela é ditada, todos existimos por causa de uma base construída chamada Graça. Através dessa base existimos com conceitos e percepções comuns e incomuns, escolhendo e sendo escolhidos, construindo, desconstruindo e ainda destruindo. O fato é que se de alguma forma respiramos mesmo que por aparelhos, alguma coisa somos. Só não passa pela mentalidade desta coisa existente que somos, que mesmo pensante, porém mentalidade preguiçosa pra isso, que tudo que existe teve um preço pra existir. A Graça, base esta criada para que os assassinos, corruptos, honestos, bons pais, violentos, avarentos, amantes e tantas outras características humanas boas ou ruins, as quais amamos, odiamos e amedrontados ficamos, exista, tem uma promissória de amor. O nascimento de Jesus era a assinatura de confissão de dívida, mas com crédito certo para pagamento, a sua morte. Nascer para morrer pela existência de todos. A existência foi paga pela intervenção divina na história humana. A vinda do cordeiro Santo de Deus possui o maior dos significados, pois sem este evento não haveria nada para significar. E assim muitos existem. Um olhar critico ou até mesmo o superficial, podemos ver ao nosso redor pessoas apenas existindo. É como a ida ao shopping nos dias antecedentes as festas ditas natalinas. Andamos, nos estressamos, gastamos além do que podíamos e aquém do que queríamos, aliás, muitas vezes, compramos o que não precisamos, gastamos o que não temos, para agradar a quem não gostamos, e assim nos tornamos a imagem e semelhança dessa geração. Uma geração existente sem sentido.

Contudo eis o Natal! Sabemos que seu significado vai além do que vivenciamos nestes dias, porém não conseguimos fazer com que o que de fato significa, gere resultados palpáveis em nossa vida. Nesses dias nos preocupamos em ajudar a alguém, a liberar perdão, nem que isso seja apenas uma trégua, tentamos sorrir mais, enfim...contos de natal. Mas a proposta pelo qual o aniversariante da data sem documento que festejamos, mesmo que muitos dos que festejam, sejam como penetras em uma festa de quem nem se sabe o nome, era que o significado de sua passagem, trouxesse mais do que lampejos de vida, mas que trouxesse vida em ABUNDÂNCIA. 

Vida abundante é possuir a qualidade na existência, dando sentido ao Ser. Ele nasceu para que vivêssemos o perdão, o amor e a paz no dia a dia. Ele nasceu para que fôssemos canais do seu fluir. E isso não será possível num canal sem essência e raiz. Que possamos dar significados a nossa existência. Não importam as lutas, as vergonhas, as más escolhas, enfim, as frustrações. Não importam pois isso significa Ser Humano. Se frustrar é coisa de gente. Porém não destrua o foco pelo qual fostes criados pra ser. Nada além, nada aquém. Apenas filho amado.

Recomece sempre que for necessário. Restaure sempre que for abalado. Levante sempre que for abatido. Desça sempre que quiser subir, e suba sempre que quiser descer. Fazendo assim vocês estarão valorizando a Graça de Deus resultante do Verdadeiro, Genuíno e Único Natal, e de fato sendo agraciado com uma vida abundante. 

Papai Noel existe, e está por todos os lugares nesse momento, mas Papai do Céu, não apenas existe, mas abundantemente VIVE e reina, e isso eternamente. Ao Deus soberano sobre todas as coisas, seja a honra, a glória e o poder. Portanto amigo fique com trecho da letra de Gonzaguinha, e analise como linguagem poética, pois sendo ou não sendo eis ai o Natal. 

Desejo a todos Feliz vida!

São os meus votos e de minha familia - By Anderson Barros

Eu fico com a pureza das respostas das crianças
É a vida, é bonita e é bonita
Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar (e cantar e cantar)a beleza de ser um eterno
aprendiz
Ah meu deus!, eu sei, eu sei que a vida devia ser bem
melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita


E a vida?
E a vida o que é diga lá, meu irmão?
Ela é a batida de um coração?
Ela é uma doce ilusão?
Mas e a vida?
Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é, o que é meu irmão?

Há quem fale que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que finda num segundo,
Há quem fale que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor
Você diz que é luta e prazer;
Ele diz que a vida é viver;
Ela diz que o melhor é morrer,
Pois amada não é
E o verbo sofrer.

Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der ou puder ou quiser

Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte

E a pergunta roda
E a cabeça agita
Fico com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita