Por isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus.
Romanos 8:19
Assim diz o SENHOR à nação de Israel: "Busquem-me e terão vida;
Amós 5:4
O Livro de
Amós é fantástico e retrata bem o que vem acontecendo em nossos dias, que
certamente entrará para história. E eu resumiria o livro da seguinte forma:
Deus direcionando a atenção as Nações vizinhas de Israel, com suas práticas
erradas de cidadania, mas se mostra duro com Israel, pois uma pequena minoria
se enriquecia a custa dos pobres, os pobres eram oprimidos, explorados e até
escravizados. Mas acima de tudo, porque Israel como nação escolhida por Deus
deveria ser referência e exemplo. E é aí, que percebo um grande princípio
divino: para maiores privilégios, restam-se os piores castigos e maiores
responsabilidades.
Estamos
diante de uma Nação que assim como Israel, nesse tempo apostólico pós Paulo,
Deus tem usado como celeiro missionário. Porém o que há de abominável por Deus
tem acontecido nesta geração, como na
geração de Amós. A imparcialidade dos mais pobres, diante de uma minoria
governante.
Primeiro
vamos entender alguns versículos bíblicos que destaquei do Livro de Amós:
Ouçam esta palavra,
vocês, vacas de Basã que estão no monte de Samaria, vocês, que oprimem os
pobres e esmagam os necessitados e dizem aos senhores deles: "Tragam
bebidas e vamos beber! "
Amós 4:1
Amós 4:1
Ser como
vaca de Basã, significaria ser robusto, consumir da melhor comida e bebida,
enquanto presenciamos pessoas necessitadas de alimento.
Vocês estão
transformando o direito em amargura e atirando a justiça ao chão,
Amós 5:7
Amós 5:7
Transformar
o Direito em amargura e atirar a justiça ao chão é o que fazemos quando não
sabemos lidar com a liberdade de discernimento e juízo, quanto à melhor direção,
valores e comportamentos.
Vocês odeiam aquele
que defende a justiça no tribunal e detestam aquele que conta a verdade.
Vocês pisam no pobre e o forçam a dar-lhes o trigo. Por isso, embora vocês tenham construído mansões de pedra, nelas não morarão; embora tenham plantado vinhas verdejantes, não beberão do seu vinho.
Pois sei quantas são as suas transgressões e quão grandes são os seus pecados. Vocês oprimem o justo, recebem suborno e impedem que se faça justiça ao pobre nos tribunais.
Por isso o prudente se cala em tais situações, pois é tempo de desgraças.
Amós 5:10-13
Vocês pisam no pobre e o forçam a dar-lhes o trigo. Por isso, embora vocês tenham construído mansões de pedra, nelas não morarão; embora tenham plantado vinhas verdejantes, não beberão do seu vinho.
Pois sei quantas são as suas transgressões e quão grandes são os seus pecados. Vocês oprimem o justo, recebem suborno e impedem que se faça justiça ao pobre nos tribunais.
Por isso o prudente se cala em tais situações, pois é tempo de desgraças.
Amós 5:10-13
Neste trecho
estamos diante da coação praticada pelos dominadores em relação aos justos, não
permitindo a pratica da verdade, movimentando através do poder e influencia a
massa, conforme conveniência própria. Calando a voz do povo.
Ainda quando
diz ser tempo de desgraça, significa sentir-se sem solução, faltando a
esperança da prática da cidadania, culminando em tristeza.
"Escolhi apenas
vocês de todas as famílias da terra; por isso eu os castigarei por causa de
todas as suas maldades".
Duas pessoas andarão juntas se não tiverem de acordo?
Amós 3:2-3
Duas pessoas andarão juntas se não tiverem de acordo?
Amós 3:2-3
O auge aqui,
é o principio da legalidade. O acordo é a grande questão. Quando se faz uma
aliança errada, as conseqüências são desastrosas.
Onde quero
chegar?
Quero
construir uma ponte de Israel e todo seu contexto Sócio-Econômico, cultural e
apologético, da época, para a Nação Brasileira desta geração que vivemos, que
de igual forma possui suas características bastante peculiares. Vejo que é
possível fazer isso, por causa dos princípios básicos que chamo de eternos,
mesmo em tempos modernos. Também quero apontar aqui o papel nosso como igreja,
que precisa se levantar como voz profética sem ter medo de reações e
pensamentos.
No Brasil
percebo a atuação do mal, e não somente do inimigo, porém dos ajudantes do
inferno, de maneira orquestrada e direcionada.
Para um bom
entendimento, lembremos resumidamente a história do Brasil.
Fomos colonizados de maneira brutal e desrespeitosa, como nos diz no livro “da conquista a Nova evangelização” de Leonardo Boff. Havia vida aqui! Cultura, leis, juízo, enfim uma forma de vida em sociedade, que foi simplesmente desrespeitada com a cruz. A mesma cruz que deveria levar uma mensagem de paz, harmonia e esperança. Em nome de “Deus”, levou a escravidão e abuso das mulheres e filhos. Que evangelho e conquista é essa? Que índole é essa destes que vieram governar a nação não descoberta a Europa, porém já descoberta aos habitantes da América. Para estes exilados de Portugal viverem como vacas de basã, bebendo em grandes taças, o povo local e traficado da África eram oprimidos e escravizados.
Até que vem a “independência da republica do Brasil” em
setembro de 1822. Dom Pedro as margens do Ipiranga da o primeiro grito
revolucionário no Brasil: Independência ou Morte! E com lutas em toda
território brasileiro habitado o objetivo foi alcançado. Porém depois de um
período de reinado, Dom Pedro I indicou
imperador o filho de 5 anos e deixou como tutor um dos patronos da nação, José
Bonifácio. O Brasil mergulharia numa década de revoluções e turbulências, até
que dom Pedro II assumisse o cargo e garantisse a estabilidade política (ao
menos temporariamente) não alcançada pelo pai. A partir de 1834 sinais fortes
de que a forma de governo seria modificada, com a criação das assembléias
legislativas. Mas em 1847 foi declarada a lei áurea. Uma vitória a classe
escravizada. Muitas lutas ocorreram, porém até se constituir o emprego
remunerado em 1870 com o surgimento do partido republicano.
Em 1930
começa a era Vargas, que foi marcada pelo nacionalismo e populismo, onde dentre
várias coisas, trouxe um legado de leis trabalhistas funcionais até os dias
atuais e o movimento que gerou a Petrobras. A voz do povo mais uma vez foi ouvida.
Porém no seu segundo mandato em 1954, havia um descontentamento do povo quanto
a economia do pais e uma grande pressão por parte dos militares para sua
renuncia, então no mês de agosto ele cometeu suicídio.
Depois com João Goulart
a situação do país piorou, a crise era enorme, havia manifestações políticas e
sociais. Então veio o golpe militar, com suas bases de censura e controle,
porém com enorme crescimento econômico. Governou neste período: CASTELO BRANCO
(1964-1967); COSTA E SILVA (1967-1969); JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969);
MEDICI (1969-1974); GEISEL (1974-1979) e FIGUEIREDO (1979-1985) que com o
movimento das “Diretas já” caiu para o retorno da república, porem com ação do
povo, assume Tancredo Neves. Daí por diante vivemos uma democracia plena de
direito, onde percebo uma evolução tecnológica e estrutural, porém uma
involução quanto ao ser humano e as suas lutas e valores.
O fatos mais
marcantes dessa revolução política de 1985 pra cá seria, 1986: Plano Cruzado,
plano econômico para derrubar a alta inflação no Brasil. 1986: eleições para a
Assembléia Nacional Constituinte. 1988: promulgada a nova Constituição do
Brasil (em vigor até hoje). 1989: Fernando Collor é eleito presidente pelo voto
direto. 1990: Plano Collor - nova moeda e confisco monetário para derrubar e
controlar a inflação. 1992: Collor renuncia à presidência da República, após
acusações de corrupção e investigação da CPI. Provocada pelo manifesto do povo
em meio a denuncias. 1994: Plano Real derruba e controla a inflação. 1995:
Fernando Henrique Cardoso do PSDB toma posse como presidente da República. Fica
no poder por dois mandatos. 1998: Fernando Henrique é reeleito presidente.
2002: Lula do Partido dos Trabalhadores é eleito presidente do Brasil. 2006:
Lula é reeleito presidente da República.
2010: Dilma Rousseff do PT é eleita para presidente do Brasil.
Hoje estamos
diante de um país que em meio à nova república ainda imaturo, enfrenta um caos
total. Nossa chibatada é o desemprego, e o básico para sobrevivência não é
fornecido à população que paga caro em impostos para receber hospitais,
transportes e todo serviço público de má qualidade. Enquanto que nisso vemos
uma minoria odiando a justiça, a honestidade. Oprime o pobre na sua pobreza,
enganam o povo para próprio beneficio. Oprime através da ausência de um
transporte digno e barato, direcionando um trabalho escravo, onde não se tem
tempo pra família e sem condições de atendimento nos hospitais, e sem a devida
educação, pois quanto menos conhecimento, mas manipulável o povo se torna. A
geração de Vargas não teria tolerância aos governantes atuais. O populismo que
hoje vemos, é para aprisionar, e não libertar. Um exemplo clássico é a bolsa
família, que ao invés de ser um auxilio para um momento de crise e investimento
em capacitação profissional, se tornou o salário e sustento da miséria.
Enquanto
isso a igreja ...
Bom a igreja
perdeu a essência pela qual foi gerada a ser... Voz profética.... Ser Amós!
É preciso
ser igreja nos princípios de base do que pensamos, em primeiro lugar. Ou seja,
precisamos viver os ideais necessários para uma sociedade justa naquilo que é
geral, e sermos uma referência de valores naquilo que é de cume particular.
Digo isso, porque vemos uma influência desse Ser corruptível no seio da liderança
evangélica, descaracterizando nosso comportamento e mensagem. As coisas não
devem tomar o lugar das pessoas de tal forma, que nosso interesse é tão somente
o bem estar social pessoal, e não olharmos para o que acontece ao nosso redor.
Apesar de forasteiros aqui, somos embaixadores de Cristo.
O próximo passo
é agir, não somente indo às ruas, mas sendo influentes de fato, diante das
autoridades, construindo ações e movimentos de cidadania e ainda ações sociais
importantes. Enxergar o que esta desentoando do caminho de Deus é falar em nome
Dele, é ser profeta.
É preciso
entender que sobre nós pesa esta responsabilidade, a de sermos referência para
a sociedade e nação. Se não praticamos o bem, podendo praticar, pecamos como se
o mal praticasse.
Por último,
observo que em todos os níveis e instituições da sociedade temos a famosa banda
podre. Banda podre na polícia, banda podre no governo, banda podre nos
partidos, banda podre nos bombeiros e banda podre na igreja. O problema é
quando a banda “pura” se deixa contaminar com a podre de tal forma, que já não
haja banda, mas sim um todo. A pergunta que faço é: já não fazemos mais
diferença?
Que tal
largarmos um pouco a tecnologia e voltarmos para os livros e para as pessoas; Que
tal indicarmos movimentos a favor de salários dignos a professores e policiais;
Que tal acompanharmos o trabalho dos nossos parlamentares que nos representam,
com aquilo que estão votando; Que tal apresentarmos Deus a nação, pois Deus
nunca vem desacompanhado de seus princípios.
Essa lista
pode ser enorme...
Enquanto
paralisados estamos em nossas indagações pessoais, um grupo de malucos como o
movimento Greenpeace se lança na frente de baleias.
Vamos as
ruas, vamos mais do que as ruas... Sejamos cristo na vida das pessoas.
A luta de fato
Continua!
Assista a essa mensagem ATÉ O FIM que exemplifica bem o que quero dizer:
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