segunda-feira, 16 de outubro de 2023

LECIONAR É ABASTECER UMA CAIXA DE FERRAMENTAS

O ensino dos sábios é fonte de vida, e afasta o homem das armadilhas da morte. O bom entendimento conquista favor, mas o caminho do infiel é áspero[a].

Todo homem prudente age com base no conhecimento, mas o tolo expõe a sua insensatez. Provérbios 13:14-16

Viver é mais do que simplesmente respirar, é ter um porquê de existir. Partindo desse pressuposto, toda existência tem um propósito. É bem verdade que vemos muitas pessoas sem desfrutar do propósito pelo qual elas foram criadas. Viver uma vida sem propósito ou na direção inconformada a sua essência, é de fato cair nas armadilhas da vida. Esse texto de provérbios nos ensina que a pessoa sem conhecimento, tem um caminho árduo, cheio de armadilhas se apresentando com insensato. Porém, aquele que busca conhecimento, já mostra maturidade e desejo de trilhar o seu caminho proposto, conquistando favor de Deus, se alimentando da vida na sua prudência.

Precisamos ter mais do que muitos anos de vida nas felicitações de aniversário, e sim muita vida em todos os anos vividos. Desfrutar da vida não é apenas estar sorridente em todo tempo de existência, até porque isso faz parte de uma utopia coletiva. Desfrutar da vida é aprender em todo tempo com erros e acertos, com coisas boas que nos vem, assim como as ruins, e principalmente não se perder de si mesmo diante de todas as experiências humanas.

Por isso, agir com base no conhecimento, é como abrir uma caixa de ferramentas, onde às buscaremos tanto para fabricar ou construir alguma coisa, quanto para manutenção. Já o insensato a utilizará apenas quando ver o “cano estourar”.
O Professor é aquele responsável pelo “setor de logística da nossa vida”, que tem como atribuição colocar as ferramentas necessárias na nossa caixa. O bom professor é fonte de vida, faz com que as armadilhas sejam reveladas, proporcionando aos alunos a fazerem boas escolhas. Sou grato por esses homens e mulheres dedicados ao estudo, não para si, mas para compartilhá-lo e formar. Sou grato por cada professor que passou pela minha caminhada, que fez com que eu tivesse uma maleta cheia de conhecimento, e que continuam me ensinando. Sou grato aos professores da minha prole, pois se deparam com os frutos de uma vida, que sustentada por Deus, trabalha com resultado do conhecimento que adquiriu pra viver e proporcionar a família viver.

Que a sabedoria seja sempre uma companheira implacável a todos os professores!

quinta-feira, 14 de julho de 2016

SEDUZIDO PELA FUTILIDADE - UM SOBREVIVENTE



Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.
Eclesiastes 1:2

Esse texto nos direciona a pensar que o resumo da vida é a vaidade. Ou seja, tudo que conhecemos e fazemos se resulta na qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória, a futilidade.

Tudo, absolutamente tudo, que aspiramos, executamos e nos empenhamos é fútil. Nossa correria com estudo, nossa dedicação no trabalho, nossas ações e atitudes. Andamos desatentos e envolvidos pela sedução da futilidade, do vazio e do nada. Aquilo que achamos importante e ou urgente, na verdade em grande parte nem secundário se encaixa. Nossa visão de felicidade é pequena e egoísta. Somos facilmente seduzidos pela futilidade.

A futilidade nos torna incapaz de fazer boas escolhas. Incompetentes de análise crítica, e de observar o que mais importa nessa vida. A vaidade é o reflexo da futilidade. Assim somos e escolhemos viver, pois é confortável que seja assim. Viver acima da futilidade e da mediocridade dá trabalho, traz responsabilidade ao usar bem a consciência e sabedoria que ao pedirmos a Deus, temos. Isso faz com que o individuo pense, se pensar será necessário tratar, pois pensar dói. O ser humano não gosta da dor, da realidade, de encarar de fato, os fatos.

Encarar os fatos, observar ao redor, verificar o que é a vida. Passageira, frágil, mas bonita nos seus mínimos detalhes, faz com que tenhamos sentido a essa existência.
Ficar internado em um hospital, sendo preparado para mesa cirúrgica, sem duvidas foi até hoje, a maior experiência que já vivi. E vivo, hoje estou, pra relatar, que somente quando nos aproximamos da morte é que entendemos a futilidade e ao mesmo tempo o valor da vida. Observar nossa limitação, nos torna ilimitado. Não há limites!
Limitamo-nos todos os dias de sorrir, de reverenciar a vida, de executar algo bom, de tentar um projeto ousado, de falar, viver e fazer. Quando entendemos que a vida passa numa sucção do que antes foi sopro. Sopro de Deus. Algum sentido deve haver pra nossa existência.

Hoje a pergunta que faço ao ver um jovem da minha idade morrer pelo mesmo mal que ali fui me tratar, ao ver o cuidado no sustento em todos os detalhes, na rapidez do diagnostico de câncer e em apenas dois meses passar por uma intervenção cirúrgica, pelo fato de ter recebido o melhor atendimento médico que um ser humano poderia ter, observando o atual cenário politico e econômico do país, em ver Deus no controle de absolutamente tudo, pergunto: Por que o Senhor me livrou da morte? Sim, porque geralmente questionamos e o culpamos quando Ele leva....logo gritamos, choramos, nos revoltamos. Alguns morrem com aqueles pelo qual vivem o luto. Pra muitos a morte chegou antes da morte de fato chegar. O grito da mãe do jovem que vi seu corpo passar pelos corredores do hospital era: “por que Deus? Porque não eu? Levava a mim!!” angustia e pavor. Mas cito isso, pois considero interessante que não fazemos com a mesma intensidade: “por que Deus eu voltei? Por que não foi ele quem voltou? Levava a mim!”.  Até mesmo nossa gratidão é fútil. Interessante de tudo isso é que eu sabia que ia sobreviver. Não tive angustia pela morte em nenhum momento pré-operatório. Nem mesmo no dia em que descobri a doença. O sentimento era nítido que não vinha para a morte. Mas me angustiei demais, muito mesmo e até hoje após duas semanas da minha cirurgia....que foi muito complicada, a expectativa era de duas horas e levaram cinco horas e meia pra retirar um tumor juntamente com um pedaço do meu intestino, pois estava maior do que esperado... a angústia que senti era exatamente essa pergunta: porque eu vou voltar desta mesa cirúrgica? Na minha trajetória decepcionei muitos, fiz escolhas erradas, me frustrei e muito pequei, nem mesmo ministério mais, almejei. Voltar pra quê? Pra ter uma vida fútil pensando no meu próprio umbigo? Para apenas ser um pai e marido melhor, como muitos dizem que é pra que serve esta experiência. Para apenas ser alertado de que precisamos sempre redobrar a atenção com o que comemos, vivemos e saúde? Ora, mas isso serviria para o jovem que se foi também. Ou será que Deus tem filhos prediletos? Ou será que Ele faz acepção de pessoas?

Não amigos, entendi que a vida é restritamente individual. E recebemos uma senha para chamada eterna. Estamos numa fila onde o desejo é sempre ser o ultimo. Mas não tem jeito, um dia iremos. Porém nossa passagem aqui é para que sejamos embaixadores do evangelho, vivenciarmos o amor no mais alto escalão, aproveitar a vida não apenas pra si e para os seus, mas para todos, ser útil ao invés de fútil, viver a essência do evangelho que é fazer com que nossa passagem seja absurdamente relevante a ponto de deixarmos legados e vivermos mesmo que uma mesa cirúrgica nos leve.
Que tudo que é fútil, ou seja, viver. Se torne mais útil e menos “eu”.

Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma. Eclesiastes 9:10

Agradeço a Deus por eu ter voltado, e pergunto indignado, pois digno não sou, Por que e Para que voltei... Usa-me, por favor e dê sentido a tudo isso!

Quero chegar lá na frente e poder olhar pra traz e dizer: aquela não foi minha hora, pois ao olhar pra mim mesmo neste momento, não apenas me tornei um ser humano melhor, e não apenas valorizei cada segundo a mim destinado, mas amei e ajudei a outros a se tornarem melhores.

Ainda não acabou!

Anderson Barros, um sobrevivente.

ÉS O DONO DOS MEUS DIAS

quinta-feira, 17 de julho de 2014

A MAIOR DAS NOSSAS DÍVIDAS
















A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. Romanos 13:8



Amar é uma obrigação, um dever, uma divida. Agora me diga como? Cada vez vemos tudo ao oposto do amor. O mundo a nossa volta parece que conspira contra, matando pensamentos e posturas bonitas em nós. Não conseguimos amar, não queremos amar. E a visão que às vezes se fortifica em nós, que nem mesmo Deus quer enviar peixe pra enviar ninguém a essa posição, por tanta iniqüidade e maldade que se multiplica de forma assustadora. Andamos como se um pitbull estivesse à solta, e de fato está. Mas, e nós? Estamos afetados? Ou estamos como numa plataforma, imunes a tudo e apenas perplexos por não conseguirmos modificar a realidade?

José Saramago escreveu em 1996 uma obra de arte premiada chamada: “Ensaio sobre a cegueira”. Onde conta a história de uma repentina cegueira que toma conta de toda uma cidade, uma vez tomados de forma epidêmica e sem uma explicação cientifica, todos vão sendo isolados e internados em um manicômio abandonado, porém, a única pessoa que não contraiu a cegueira é a mulher do médico, que esconde esse fato dos demais, exceto do marido. Nesse cenário passam por diversas situações consideradas subumanas, vivendo como bichos, em que o instinto se sobrepõe à razão e à dignidade humana. Após um certo tempo, estes cegos cidadãos, já vivendo fora do manicômio, enfrentam a carência da cidade grande que fora saqueada, assim os moradores que tiveram suas casas saqueadas foram obrigados a viver como nômades, à procura de alimentos, água e abrigos pelas ruas. Assim como a cegueira chegou repentinamente, aos poucos se foi.

É ensaio pois a cegueira não é definitiva, mas imagino o sentimento mutuo conseqüente a volta da visão: o que fomos capazes de fazer? Pior, o que somos capazes de fazer? Só porque não tínhamos as respostas para o mal, nos desesperamos!

Percebo que isso não é ficção, estamos ensaiando uma certa cegueira, mas nos sentimos como a filha do médico. Compreendo diante disso que nossa divida começa com nós mesmos. Aquele que não se ama não tem como amar o próximo, pois o contrário não haverá saldo suficiente para pagar tal dívida. Não há nada de bom o suficiente em nós para que consideremos o outro não digno do nosso amor. Amar a si mesmo é se colocar na mesma condição do seu próximo. Trata-se de uma dívida cara, que só conseguimos quitar através de suaves prestações diárias. Mas é necessário pagar, pois é a lei.

Não fiquemos escravos de ninguém, não venhamos acumular dividas ao qual Deus não nos obrigou. Livremos-nos de todo e qualquer embaraço. Peça ajuda a Deus. Porém nos endividemos de amor próprio, observando o que pode nos fazer bem. Tudo que for para o bem faça, produza, respire, inspire, incentive, inicie. Se amando, amarás ao outro sem culpa alguma. Não se amando, tudo continuará feio.

Considerando que quem não se ama, não tem nem como amar a Deus, essa então é a maior das nossas dívidas. 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

CADÊ A IGREJA?

Por isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus. 
Romanos 8:19


Assim diz o SENHOR à nação de Israel: "Busquem-me e terão vida; 
Amós 5:4

O Livro de Amós é fantástico e retrata bem o que vem acontecendo em nossos dias, que certamente entrará para história. E eu resumiria o livro da seguinte forma: Deus direcionando a atenção as Nações vizinhas de Israel, com suas práticas erradas de cidadania, mas se mostra duro com Israel, pois uma pequena minoria se enriquecia a custa dos pobres, os pobres eram oprimidos, explorados e até escravizados. Mas acima de tudo, porque Israel como nação escolhida por Deus deveria ser referência e exemplo. E é aí, que percebo um grande princípio divino: para maiores privilégios, restam-se os piores castigos e maiores responsabilidades.
Estamos diante de uma Nação que assim como Israel, nesse tempo apostólico pós Paulo, Deus tem usado como celeiro missionário. Porém o que há de abominável por Deus tem acontecido  nesta geração, como na geração de Amós. A imparcialidade dos mais pobres, diante de uma minoria governante.
Primeiro vamos entender alguns versículos bíblicos que destaquei do Livro de Amós:
Ouçam esta palavra, vocês, vacas de Basã que estão no monte de Samaria, vocês, que oprimem os pobres e esmagam os necessitados e dizem aos senhores deles: "Tragam bebidas e vamos beber! " 
Amós 4:1
Ser como vaca de Basã, significaria ser robusto, consumir da melhor comida e bebida, enquanto presenciamos pessoas necessitadas de alimento.
Vocês estão transformando o direito em amargura e atirando a justiça ao chão, 
Amós 5:7
Transformar o Direito em amargura e atirar a justiça ao chão é o que fazemos quando não sabemos lidar com a liberdade de discernimento e juízo, quanto à melhor direção, valores e comportamentos.
Vocês odeiam aquele que defende a justiça no tribunal e detestam aquele que conta a verdade.
Vocês pisam no pobre e o forçam a dar-lhes o trigo. Por isso, embora vocês tenham construído mansões de pedra, nelas não morarão; embora tenham plantado vinhas verdejantes, não beberão do seu vinho.
Pois sei quantas são as suas transgressões e quão grandes são os seus pecados. Vocês oprimem o justo, recebem suborno e impedem que se faça justiça ao pobre nos tribunais.
Por isso o prudente se cala em tais situações, pois é tempo de desgraças.
 
Amós 5:10-13
Neste trecho estamos diante da coação praticada pelos dominadores em relação aos justos, não permitindo a pratica da verdade, movimentando através do poder e influencia a massa, conforme conveniência própria. Calando a voz do povo.
Ainda quando diz ser tempo de desgraça, significa sentir-se sem solução, faltando a esperança da prática da cidadania, culminando em tristeza.
"Escolhi apenas vocês de todas as famílias da terra; por isso eu os castigarei por causa de todas as suas maldades".
Duas pessoas andarão juntas se não tiverem de acordo?
 

Amós 3:2-3
O auge aqui, é o principio da legalidade. O acordo é a grande questão. Quando se faz uma aliança errada, as conseqüências são desastrosas.
Onde quero chegar?
Quero construir uma ponte de Israel e todo seu contexto Sócio-Econômico, cultural e apologético, da época, para a Nação Brasileira desta geração que vivemos, que de igual forma possui suas características bastante peculiares. Vejo que é possível fazer isso, por causa dos princípios básicos que chamo de eternos, mesmo em tempos modernos. Também quero apontar aqui o papel nosso como igreja, que precisa se levantar como voz profética sem ter medo de reações e pensamentos.
No Brasil percebo a atuação do mal, e não somente do inimigo, porém dos ajudantes do inferno, de maneira orquestrada e direcionada.
Para um bom entendimento, lembremos resumidamente a história do Brasil.



Fomos colonizados de maneira brutal e desrespeitosa, como nos diz no livro “da conquista a Nova evangelização” de Leonardo Boff. Havia vida aqui! Cultura, leis, juízo, enfim uma forma de vida em sociedade, que foi simplesmente desrespeitada com a cruz. A mesma cruz que deveria levar uma mensagem de paz, harmonia e esperança. Em nome de “Deus”, levou a escravidão e abuso das mulheres e filhos. Que evangelho e conquista é essa? Que índole é essa destes que vieram governar a nação não descoberta a Europa, porém já descoberta aos habitantes da América. Para estes exilados de Portugal viverem como vacas de basã, bebendo em grandes taças, o povo local e traficado da África eram oprimidos e escravizados. 

Até que vem a “independência da republica do Brasil” em setembro de 1822. Dom Pedro as margens do Ipiranga da o primeiro grito revolucionário no Brasil: Independência ou Morte! E com lutas em toda território brasileiro habitado o objetivo foi alcançado. Porém depois de um período de reinado, Dom Pedro I indicou imperador o filho de 5 anos e deixou como tutor um dos patronos da nação, José Bonifácio. O Brasil mergulharia numa década de revoluções e turbulências, até que dom Pedro II assumisse o cargo e garantisse a estabilidade política (ao menos temporariamente) não alcançada pelo pai. A partir de 1834 sinais fortes de que a forma de governo seria modificada, com a criação das assembléias legislativas. Mas em 1847 foi declarada a lei áurea. Uma vitória a classe escravizada. Muitas lutas ocorreram, porém até se constituir o emprego remunerado em 1870 com o surgimento do partido republicano. 

Mas eis que vem um golpe militar em novembro de 1889 por Marechal Deodoro da Fonseca, finalizando o
império. Porém enumeras reclamações e revoltas surgiam nessa velha republica, onde os lideres da nação eram escolhidos pelos militares. Várias vezes o povo foi a rua para protesto e guerra: como a revolta da Armada: 1893-1894; Revolução Federalista: 1893-1895; Guerra de Canudos: 1893-1897;  Revolta da Vacina: 1904; Revolta da Chibata: 1910; Guerra do Contestado: 1912-1916; Sedição de Juazeiro: 1914; Greves Operárias: 1917-1919; Revolta dos Dezoito do Forte: 1922; Revolução Libertadora: 1923; Revolução de 1930: 1930

Em 1930 começa a era Vargas, que foi marcada pelo nacionalismo e populismo, onde dentre várias coisas, trouxe um legado de leis trabalhistas funcionais até os dias atuais e o movimento que gerou a Petrobras. A voz do povo mais uma vez foi ouvida. Porém no seu segundo mandato em 1954, havia um descontentamento do povo quanto a economia do pais e uma grande pressão por parte dos militares para sua renuncia, então no mês de agosto ele cometeu suicídio. 
Depois com João Goulart a situação do país piorou, a crise era enorme, havia manifestações políticas e sociais. Então veio o golpe militar, com suas bases de censura e controle, porém com enorme crescimento econômico. Governou neste período: CASTELO BRANCO (1964-1967); COSTA E SILVA (1967-1969); JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969); MEDICI (1969-1974); GEISEL (1974-1979) e FIGUEIREDO (1979-1985) que com o movimento das “Diretas já” caiu para o retorno da república, porem com ação do povo, assume Tancredo Neves. Daí por diante vivemos uma democracia plena de direito, onde percebo uma evolução tecnológica e estrutural, porém uma involução quanto ao ser humano e as suas lutas e valores. 

O fatos mais marcantes dessa revolução política de 1985 pra cá seria, 1986: Plano Cruzado, plano econômico para derrubar a alta inflação no Brasil. 1986: eleições para a Assembléia Nacional Constituinte. 1988: promulgada a nova Constituição do Brasil (em vigor até hoje). 1989: Fernando Collor é eleito presidente pelo voto direto. 1990: Plano Collor - nova moeda e confisco monetário para derrubar e controlar a inflação. 1992: Collor renuncia à presidência da República, após acusações de corrupção e investigação da CPI. Provocada pelo manifesto do povo em meio a denuncias. 1994: Plano Real derruba e controla a inflação. 1995: Fernando Henrique Cardoso do PSDB toma posse como presidente da República. Fica no poder por dois mandatos. 1998: Fernando Henrique é reeleito presidente. 2002: Lula do Partido dos Trabalhadores é eleito presidente do Brasil. 2006: Lula é reeleito presidente da República.  2010: Dilma Rousseff do PT é eleita para presidente do Brasil.



Hoje estamos diante de um país que em meio à nova república ainda imaturo, enfrenta um caos total. Nossa chibatada é o desemprego, e o básico para sobrevivência não é fornecido à população que paga caro em impostos para receber hospitais, transportes e todo serviço público de má qualidade. Enquanto que nisso vemos uma minoria odiando a justiça, a honestidade. Oprime o pobre na sua pobreza, enganam o povo para próprio beneficio. Oprime através da ausência de um transporte digno e barato, direcionando um trabalho escravo, onde não se tem tempo pra família e sem condições de atendimento nos hospitais, e sem a devida educação, pois quanto menos conhecimento, mas manipulável o povo se torna. A geração de Vargas não teria tolerância aos governantes atuais. O populismo que hoje vemos, é para aprisionar, e não libertar. Um exemplo clássico é a bolsa família, que ao invés de ser um auxilio para um momento de crise e investimento em capacitação profissional, se tornou o salário e sustento da miséria.
Enquanto isso a igreja ...
Bom a igreja perdeu a essência pela qual foi gerada a ser... Voz profética.... Ser Amós!
É preciso ser igreja nos princípios de base do que pensamos, em primeiro lugar. Ou seja, precisamos viver os ideais necessários para uma sociedade justa naquilo que é geral, e sermos uma referência de valores naquilo que é de cume particular. Digo isso, porque vemos uma influência desse Ser corruptível no seio da liderança evangélica, descaracterizando nosso comportamento e mensagem. As coisas não devem tomar o lugar das pessoas de tal forma, que nosso interesse é tão somente o bem estar social pessoal, e não olharmos para o que acontece ao nosso redor. Apesar de forasteiros aqui, somos embaixadores de Cristo.
O próximo passo é agir, não somente indo às ruas, mas sendo influentes de fato, diante das autoridades, construindo ações e movimentos de cidadania e ainda ações sociais importantes. Enxergar o que esta desentoando do caminho de Deus é falar em nome Dele, é ser profeta.
É preciso entender que sobre nós pesa esta responsabilidade, a de sermos referência para a sociedade e nação. Se não praticamos o bem, podendo praticar, pecamos como se o mal praticasse.
Por último, observo que em todos os níveis e instituições da sociedade temos a famosa banda podre. Banda podre na polícia, banda podre no governo, banda podre nos partidos, banda podre nos bombeiros e banda podre na igreja. O problema é quando a banda “pura” se deixa contaminar com a podre de tal forma, que já não haja banda, mas sim um todo. A pergunta que faço é: já não fazemos mais diferença?
Que tal largarmos um pouco a tecnologia e voltarmos para os livros e para as pessoas; Que tal indicarmos movimentos a favor de salários dignos a professores e policiais; Que tal acompanharmos o trabalho dos nossos parlamentares que nos representam, com aquilo que estão votando; Que tal apresentarmos Deus a nação, pois Deus nunca vem desacompanhado de seus princípios.
Essa lista pode ser enorme...
Enquanto paralisados estamos em nossas indagações pessoais, um grupo de malucos como o movimento Greenpeace se lança na frente de baleias.
Vamos as ruas, vamos mais do que as ruas... Sejamos cristo na vida das pessoas.
A luta de fato Continua!

Assista a essa mensagem ATÉ O FIM que exemplifica bem o que quero dizer:





quinta-feira, 2 de maio de 2013

Decepcionado com o amigo chamado: Eu mesmo





O meu coração está dolorido dentro de mim, e terrores da morte caíram sobre mim. 
Salmos 55:4

Pois não era um inimigo que me afrontava; então eu o teria suportado; nem era o que me odiava que se engrandecia contra mim, porque dele me teria escondido.

Mas eras tu, homem meu igual, meu guia e meu íntimo amigo.
Consultávamos juntos suavemente, e andávamos em companhia na casa de Deus. 
Salmos 55:12-14




O grande problema que enfrentamos é a fantasia que criamos, onde os que conosco convivem possuem a essência da perfeição. "Não há nunca um amor perfeito, sem tortura e sem cuidados. Amar é simplesmente ter Deus no peito outra vez crucificado". Só se decepciona quando se espera algo de alguém.

Esperança é lançar o coração em algo ou alguém, ora, porque existe essa tal necessidade?

Quando fomos criados, a essência da segurança foi gerada em nós. Porém quando se originou o pecado, o que posso dizer é que juntamente com a inocência perdemos o nosso porto seguro, nosso alicerce. Por isso somos e nos sentimos inseguros. Precisamos sempre de uma palavra de conforto quando perdemos alguém ou alguma coisa, de uma palavra de incentivo quando nos sentimos fragilizados diante de um possível fracasso.

Fracasso é um dos itens do topo da lista de medo da nossa geração. Sentir que uma postura ou uma decisão pode levar a direção contrária do que originou a busca, provoca angustia e paralisia. Mas veja bem, tentar é preciso...viver é preciso! viver é não ter medo da decepção.

A principal decepção que temos geralmente é com o amigo chamado: Eu mesmo. Não acreditamos que o que nos levou a certos "fracassos" mesmo que momentâneos, foi a nossa própria postura. Postura essa que condenamos no discurso, mas como costumo dizer, o nosso mundo é feito da difícil convivência entre o ideal e o real. O Ideal é que nosso discurso seja fruto de uma postura e vice versa, porém nem sempre isso é possível. E o real percebemos que não somos tudo aquilo que imaginamos ser.

Digo isso pois nossa primeira decepção e frustração acaba sendo com o espelho, e por isso olhamos para com alguns pelo qual as vezes convivemos que foi fruto desse momento de falha e decisória e lançamos sobre estes a ira da nossa auto decepção. O resultado é sempre desastroso, demolidor. A Decepção de por ter se lançado numa prisão relacional é definhadora, dói o coração. O coração dolorido destrói a obra prima de Deus. E é imediato. O abatimento é inevitável.

A Decepção vem portanto primeiramente em confiarmos no nosso "taco", em nós mesmos. Também percebe-se como cortante da "corda do sonho" - que é como se estivesse localizado num balão de gás, e que a unica coisa que sustentava em nossa mão fora desfeita, e vemos o sonho subindo de tal forma que não conseguimos alcançar, assim existem muitos estremecidos nas suas relações. Pais que entregaram seus sonhos nos seus filhos, esposas que entregaram seus sonhos nos seus maridos, e amigos que entregaram sua vida a outros amigos e assim vai. Por decepção se mata e morre.




A Palavra que quero deixar é que é possível não se decepcionar, basta apenas suprir tal necessidade naquele que é perfeito. Não espere do ser humano, aquilo que nenhum é capaz de lhe dar. Segurança e esperança, encontramos apenas em Jesus. Coisas boas recebemos dos homens, mas o homem é capaz de trair, machucar, surpreender negativamente, mentir, enfim...pecar. Espere do pecador pecado, e procure ser agente de milagre e perdão. Fomos chamados para sermos ministro da reconciliação, portanto sejamos.

Que possamos esperar em Deus...e tão somente Nele. Deus nunca falha e nem decepciona. Sempre tem uma palavra de vida, e sempre esta disposto a transformar situações e decisões, de um mal aparente em benção eterna.

Faça isso para honra e Glória do Senhor!


Anderson Barros




quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O Conhecimento Íntimo de Deus, deflagra a Vulnabilidade Humana



"[Salmo de Davi para o músico-mor] SENHOR, tu me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó SENHOR, tudo conheces. Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.
Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir. Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa.
Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra.
Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia. E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles! Se as contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo ainda estou contigo. O Deus, tu matarás decerto o ímpio; apartai-vos portanto de mim, homens de sangue.
Pois falam malvadamente contra ti; e os teus inimigos tomam o teu nome em vão. Não odeio eu, ó SENHOR, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?
Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos. Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno." 
Salmos 139:1-24
Não há como saber o momento de Davi. Mas podemos sentir a percepção de Davi a respeito de Deus. Davi percebeu que um relacionamento íntimo com Deus traz consigo uma experiência terrificante, a de estar com alguem para quem você não é mistério. Nada escapa do conhecimento, sejam pensamentos, palavras ou desejos. De fato, o conhecimento íntimo de Deus deflagra a vulnerabilidade humana.
Por isso percebemos um desabafo, fruto de fuga, a mesma fuga de Adão antes dele, e a mesma fuga nossa pós Davi.
São vários os motivos de fuga. A grande questão está relacionada ao grande Tamanho de Deus. Assusta, causa medo não declarado em todos sem exceção, principalmente naqueles que dizem Nele não acreditar.
Diante do Tamanho de Deus, fugimos por entendimento do erro, e do seu juízo; fugimos por medo da exposição, sendo assim, vindo à tona a nossa condição de criatura e dependência; fugimos por causa da nossa arrogância, por entendimento de que somos superiores às coisas, situações e pessoas; fugimos de Deus por causa da nossa ocupação, onde nos ocupamos para impedir a pré-ocupação, mas assim sendo nos vemos mal-ocupados.
Diante do tamanho de Deus, vem o pensamento de que Ele não está presente diante da nossa angustia e aflição. Fazemos isso por causa do momento crítico dessa percepção, não vemos Deus por causa das circunstâncias, do auto juízo e por nos considerarmos irrelacionáveis com Ele.
Diante do tamanho de Deus, tudo parece não ter sentido ao nosso redor. Por isso vem a crise de identidade, de princípios, de referenciais e de vida.
Diante do Tamanho de Deus, vivemos como se fossemos conhecedores de tudo, onde nosso juízo é o melhor e que somos detentores de toda força. Reforçamos nossa segurança dos nossos meios e tentamos de tudo para continuarmos vivos.
Davi Diante do seu próprio tamanho, transformou o medo em anseio, em necessidade. Necessário é se relacionar com Deus. É necessário ser amigo de alguém que sonda, tudo conhece, tudo vê, tudo revela, que cerca por todos os lados, que tudo sabe e de quem nem espírito nem face se foge. Davi percebeu que Deus não é limitado, e a sua visão não há limites, chegando a conclusão que sua formação não foi obra do acaso, e que seu propósito em nós é de fazer de nossa história um belo livro de romance e aventura, cujo desfecho é o caminho eterno. E você também entende isso?
Anderson Barros