segunda-feira, 7 de maio de 2012

SER MÃE É SIM JOGAR O FILHO NO RIO



Em Janeiro deste ano relembro mais um caso de desumanidade. Marisa Hoffmann, 32 anos, foi presa em Joaçaba, no Meio-Oeste de Santa Catarina, acusada de ter matado a filha recém-nascida. A Divisão de Investigação Criminal (DIC) chegou até a mulher após investigações que começaram após receber a informação de que um pescador teria encontrado um corpo de um recém-nascido boiando no Rio do Peixe.
Um casal teria visto a mulher jogar algo suspeito da passarela para o Rio do Peixe naquela manhã de sexta-feira e chamou a Polícia Militar. As informações foram repassadas para o DIC, que chegou até a mulher.
De acordo com a polícia, Marisa estava grávida e escondia a gravidez dos pais. Para realizar o parto, internou-se no Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST) de Joaçaba no final de semana e, após dar a luz a uma menina, recebeu alta do hospital.
No caminho até a rodoviária de Joaçaba, ao passar perto da passarela que liga Joaçaba e Herval D'Oeste, lançou a recém-nascida de cima da passarela no Rio do Peixe.

Neste caso vemos a que ponto chegamos em relação a vida. Esta criança não teve a opção de escolher viver, simplesmente sua vida foi ceifada antes mesmo de começar. Por vários motivos percebemos essas atrocidades. Poderíamos falar sobre o despreparo de para ser mãe, ou além do despreparo a falta de estrutura no âmbito familiar, enfim, vários motivos. Porém o fato é que chegamos ao estagio do domínio do mal em corações e isso é bíblico.

A pergunta que fazemos como pessoas de exemplo em Cristo é: porque ser mãe enquanto a morte nos rodeia de tão perto? pois se exitem outras mães matando em função de nada, lançando seus filhos aos rios dos rios, rios das janelas, rios das panelas de óleo quente, rios da morte, o que dirá os não próximos? trazer ao mundo na concepção de muitos seria não ter sentido, pois seria nascer para morrer. porém quero chamar a atenção a uma história, onde o rio é sinal de vida e não de morte, e onde o fruto resultou em vida frutífera até a morte.

"E foi um homem da casa de Levi e casou com uma filha de Levi. E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses. Não podendo, porém, mais escondê-lo, tomou uma arca de juncos, e a revestiu com barro e betume; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à margem do rio. E sua irmã postou-se de longe, para saber o que lhe havia de acontecer. E a filha de Faraó desceu a lavar-se no rio, e as suas donzelas passeavam, pela margem do rio; e ela viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada, que a tomou. E abrindo-a, viu ao menino e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele, e disse: Dos meninos dos hebreus é este. Então disse sua irmã à filha de Faraó: Irei chamar uma ama das hebreias, que crie este menino para ti? E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. Foi, pois, a moça, e chamou a mãe do menino. Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino, e criou-o. E, quando o menino já era grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou-lhe Moisés, e disse: Porque das águas o tenho tirado." Êxodo 2:1-10

Ai essas mulheres da casa de Levi! referencia para o mundo. Precisamos olhar o passado para ter esperança no futuro. Diante da ameaça externa de morte, de violência desmedida, certamente veio a crise quanto a ter ou não esse bebê. Dar ou não dar a luz um filho? ser mãe pra deixar de ser? perder o esposo me faz viúva. Perder o pai e mãe me faz órfão. mas perder um filho me faz o quê? que nome se dá? o que é isso. Sinal que é coisa que não se espera. Não é a ordem natural, por isso não tem nome. Porém uma certeza há na mulher hebreia da casa de Levi: meu filho não nascerá para morte, mas nascerá para vida e principalmente pra gerar vida. Como mãe terei estratégias para que isso aconteça. Serei mãe no maior sentido da palavra. Mas do que isso darei sentido a palavra, de minha estratégia serei abençoada, pois sei que o abençoado é aquele que tem não para que o fim da benção acabe em mim, porém para que a benção que recebi seja propagada e multiplicada através de mim. Lançarei meu filho no rio, pois o rio pra mim é sinal de vida, é sinal de coração, é sinal de proteção, é sinal de fé. Lançarei no rio para conquistar o mundo.


Tudo isso parafraseei do sentido da atitude e não de palavras, pois mais que palavras estamos carentes de atitudes de vida, atitudes de mãe. Essa mãe é desconhecida na história dos homens, é a mulher sem nome, porém essencial na história de Deus. Por gerar e lançar no rio, gerou o caminho da salvação. Tão santa como Maria és tu mulher desconhecida da casa de Levi, pois se Maria foi usada pra gerar o nosso Redentor Jesus Cristo, e este sendo o seu maior poder, o da disponibilidade de vida em Deus pra ser usada, tu também fostes usada pois de ti e sua atitude após gerações, foi gerada a própria Maria. O resto? o resto Deus fez, pois diante de tudo isso, escolheu aquele menino, onde seu curso foi direcionado ao colo da filha de faraó. Colo de quem tem coração de gente, cujo coração Deus gosta e usa para honrar a mulher da casa de Levi. O resultado de tudo isso se resume no nome onde fala por si. Poucos deixaram legados como os de Moisés. Ser mãe é mais do que deixar herdeiro e deixar legado de criação. Ser mãe é saber e declarar que seu filho vem a esse mundo pra ser semente de vida. Alguém que terá vida abundante enquanto vida tiver, pra salvar outros  que mortos estão, mesmo que vivos. Ser mãe é amar, educar, ter estratégias, mas é acima de tudo profetizar. A desconhecida se faz presente em muitos conhecidos.


Não existe acaso, se nasceu é fruto.


Neste dia das mães, meu desejo é que seja movido corações de mulheres, para serem como a desconhecida de  muitos, porém conhecida do filho. Seja mãe a ponto de reinventar esse negócio de mãe num mundo sem referências sequer de mulher. Seja você mãe um instrumento de Deus. Não tenha medo desse mundo. Escolha qual rio irás lançar seu filho. Existe o rio da morte, onde o pensamento é que matarei aquilo que me traz tristeza, porém a maior morte já aconteceu, a de quem gerou. Só respira, só existe. E existe o rio da vida, que flui do grande amor de Deus, águas que correm Dele próprio...esse rio é Jesus. Lançar no mundo é lançar no rio. É lançar em Jesus.




Obrigado a minha Mãe, Ana Cristina dos Santos Barros, pois escolhestes a Cristo em sua vida e me criaste Nele. Fostes mãe me disciplinando e me apontando os limites, fostes mãe me alimentando, fostes mãe me dando amor, fostes mãe nos momentos mais difíceis da minha vida. Obrigado por ser uma mulher da casa de Levi.


Obrigado meu Deus pela minha esposa, Gabrielle do N. Machado Barros, pois optou pelo rio da vida e já lançou nossa filha no rio de Deus. Cremos que Camilinha é semente de Deus plantada nessa terra corrompida pra fazer a diferença. quando nasceu eu a ergui e falei: "Deus, complete nela a obra que tinha para minha vida, derrame unção." virei pra ela e disse: "És forte, declaro que você veio pra fazer a diferença". Hoje com 1 ano e 10 meses, simplesmente quando a mãe pega a bíblia pra ler, ela corre pra pegar a dela.


Feliz dia Das mães, não o dia comercial de presentes, mas o dia das mães do amor, da presença, suficiência. Isso dedico a todas as mulheres da casa de Levi.




Anderson Barros 





Um comentário:

  1. Muito bom!!! Muito obrigada meu amor...Amei demais!!!
    Gabrielle Barros

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