Um velho carpinteiro estava para se aposentar. Ele contou a seu chefe os seus planos de largar o serviço de carpintaria e de construção de casas e viver uma vida mais calma com sua família. Claro que ele sentiria falta do pagamento mensal, mas ele necessitava da aposentadoria. O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores empregados e pediu a ele que construísse uma ultima casa como um favor especial. O carpinteiro consentiu, mas com o tempo era fácil ver que seus pensamentos e seu coração não estavam no trabalho. Ele não se empenhou no serviço e utilizou-se de mão de obra e matérias primas de qualidade inferior. Foi uma maneira lamentável de encerrar sua carreira. Quando o carpinteiro terminou seu trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e entregou a chave da porta ao carpinteiro. "Esta é a sua casa", ele disse, "meu presente a você." Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito completamente diferente, não teria sido tão relaxado. Agora ele teria de morar numa casa feita de qualquer maneira.
Acredito
nessa história que, se o carpinteiro soubesse que o resultado da sua produção
iria beneficia-lo, a sua postura quanto ao material e a dedicação aos detalhes
seriam bem diferentes. Pois bem, e se eu disser que fazemos iguais a ele? ...É
tão triste perceber que nossos pensamentos e nosso coração não está no trabalho
que mais vale a pena dedicação. Este trabalho se chama: nossa vida.
Muitos de fato já estão mortos esperando a morte chegar. Isso porque
priorizaram o que é secundário. E só em pensar que precisamos de tão pouco para
sermos felizes, que me entristece o rumo tomado de prioridades da humanidade. Como
exemplo vemos o amor se esfriando, porém não apenas por Deus, mas pelo fato de
distante de Deus optar a humanidade, simplesmente não se tem amor próprio,
muito menos pelo próximo. O príncipe rebelado nunca teve tantos súditos. Prova
disso é só ligar sua tv na rede Globo e ver o jornal “Bom Dia Brasil”, ou na
Record no jornal “Fala Brasil”. É sangue, sangue e sangue o tempo todo! E por
mais que não queiramos a morte cada vez se mostra mais perto de nós. Até hoje o
vidro da porta da minha sala e varanda de casa, que dá de frente pra rua, não
foi trocado, onde existe um furo fruto de uma bala perdida que parou no meu
sofá. Graças a Deus, ela já estava sem forças, graças a Deus estávamos em outro
cômodo, graças a Deus mesmo é que não era a hora de ninguém da minha casa. Pois
quando vem a hora não tem jeito o ciclo deve ser fechado.
Quando
estamos diante da morte, nos deparamos com a vida. Sim, pois começamos a olhar
pra trás e verificar se tudo que vivenciamos até então, valeu a pena ter
vivenciado. Esse pensamento traz consigo o sentimento da dor antecipada.
Sofremos antecipadamente por algo que ainda não vivemos, que não sabemos como
é, porém com a certeza que passaremos. E tudo que reivindicamos como valores e
projetos, se acabará com a chegada dela, cujo hora não sabemos quando vai
chegar. Estamos numa fila, onde cada um tem uma senha. Mas ao contrário de
várias filas, nessa sempre queremos ser o ultimo. Alguns fazem de tudo, para
sempre trocar de senha com o ultimo da fila, evitando tocar no assunto,
tentando se ocupar com a correria do dia a dia e não pensar na morte, evitando
funerais. Outros tentam trocar a senha com excesso de preocupação ao se medicar
e ou malhar o corpo e até mesmo no cuidado da alimentação. Mas não tem jeito,
senha é senha. “...se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a
sentinela.” Salmo 127:1b. A única
forma de ir para posições atrás nessa fila, é pedindo aquele que distribui a
senha. Mas, veja bem, será preciso um argumento muito convincente pra Deus
fazer isso, pois pedir pra se prolongar os dias por simplesmente apego a essa
terra, não vai convence-lo com certeza. Pra isso acontecer se fará necessário
um propósito, uma missão. O Senhor livra aqueles que ele convoca pra uma
missão. E Deus só convoca os de coração puro, os que honraram seus pais, no que
tange a nascer pra valer a pena, pra deixar legado. Aqueles que estão dispostos
a perpetuar a essência de Deus. Estes sim herdarão a terra, conquistarão
territórios, serão livres por Deus.
Quero aqui
Indicar o filme "O Curioso Caso de Benjamim Button". A reflexão ápice deste filme
que fiz é: o que aconteceria se soubéssemos exatamente a idade que fossemos
morrer? Será que teríamos condições de planejar, se alegrar, viver? Ou será que
seríamos consumidos pela tristeza e ansiedade a ponto de nada construirmos?
Veja o filme e faça suas análises.
Melhor é a boa fama do que o melhor
ungüento, e o dia da morte do que o dia do nascimento de alguém.Melhor é ir à
casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim
de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração. Eclesiastes 7:1-2
É melhor o
dia da morte do que o nascimento, porque na morte olhamos para o resultado,
para o legado, para produção. No nascimento olhamos para incertezas, pra
fragilidade. Ir a casa onde há luto é melhor, porque ali vem a reflexão que a morte
traz, e essa reflexão sobre a morte nos vem como assaltante, levando mascaras,
posturas, palavras, vaidades, e quando vemos estamos completamente vulneráveis
despidos de nós mesmos, ou seja, do jeitinho que Deus nos vê, e do jeitinho que
Ele gosta de nos ver. Gente como gente deve ser. No luto todos estamos
nivelados ao mesmo patamar, pois se a morte não tem preconceitos, ou seja, ela
não escolhe cor, idade, jeito, conta bancária, nem nada, da mesma forma é o
luto. Este vem para todos para uma analise de qualidade de vida. O luto é o
momento que paramos por completo e fazemos a analise mais profundo de nós
mesmos e dos que nos cercam, principalmente daqueles que de nós dependem, isso
é lógico além da dor da saudade. Dor essa que um dia passa, a saudade não, e a
reflexão sempre vem quando novamente com a morte nos deparamos. E ai é que vem
o mistério, não há como se aprofundar, saindo completamente do que é
superficial da nossa essência, e não pensar em Deus. Não há momento
melhor no ser humano, para estar sensível a Deus e a sua voz. Às vezes esse se
aprofundar vem como um espancamento na alma e na consciência, mas por isso que
Deus converte o pranto em riso, porque diante do que foi analisado no profundo,
mudanças profundas também ocorrem. E assim a morte perde o seu sentido de final
de uma vida sem sentido, para final de um ciclo vitorioso. Diferente do
banquete, onde lembramos de Deus, e quando lembramos, apenas na oração de
gratidão com o personagem que montamos. Na festa, nos vestimos em função do outro,
comemos em função do outro, somos altamente superficiais. Não queremos análises
profundas, logo, não queremos pensar em Deus.
Agora,
porque o título desse nosso cafezinho é “Cesto de Frutos”?
Bom,
primeiro analisemos o texto: “O SENHOR DEUS
assim me fez ver: E eis aqui um cesto de frutos do verão. E disse: Que vês,
Amós? E eu disse: Um cesto de frutos do verão. Então o SENHOR me disse: Chegou
o fim sobre o meu povo Israel; nunca mais passarei por ele. Amós 8:1-2
Amós era um simples criador
de ovelhas, leigo ainda na condição de profeta, porém era homem de negócios,
não rústico ou ignorante. Já Israel vivia o reinado de Jeroboão II, marcado por
idolatria e corrupção. Dentre várias visões, Amós teve a de um cesto de figo. E
o detalhe que me chama a atenção é que Amós teve a proeza de enxergar como Deus
queria. Amós não viu apenas aquilo que os seus olhos apresentaram como óbvio,
mas ele se aprofundou na visão. Muitos diriam apenas como enunciado...”cesto de
frutos”, porém Amós disse:...”um cesto de frutos do verão”. Ora, frutos do verão significam frutos
maduros, já prontos para o consumo. Isso traz a tona que a morte viria ao Rei e
o povo seria levado em cativeiro e a guerra viria sobre aquela terra. Sangue
seria derramado. E depois Deus lançaria uma promessa a Amós: Jurou o SENHOR pela glória de Jacó: Eu não me esquecerei de todas as
suas obras para sempre. Amós 8:7
Nessa figura abaixo, você vê uma árvore, ou os rostos nos ramos?
Nisso percebemos que diante
da morte eminente, ou do caos estabelecido, o que mais importa e chama a
atenção de Deus são as nossas obras, o legado. Veja, não falo relacionado à
Salvação, mas relacionado à produção, a vida de qualidade, de honra, vivida por
dignificar a morte de Jesus na cruz. Por isso uma espécie de prêmio
receberemos, o galardão é dado por conquista de uma vida digna ... E, eis que cedo
venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua
obra.Apocalipse 22:12
Portanto, é
certo que a morte virá um dia pra todos, mas enquanto não vem, quero
convoca-los para um sepultamento. Sim, o sepultamento do seu passado até então.
Sepulte o seu passado e viva o novo de Deus, pois o cesto de frutos um dia se
apresenta diante de nós, onde nossos dias serão contados e nada mais aqui
poderemos fazer. Saiba que tão importante quanto à chegada é a travessia. A
travessia denuncia como será sua chegada. Sabendo que a morte não é o fim, mas
apenas o começo, não perturbe o seu coração com os problemas dessa vida, nem
das coisas dessa vida, nem se apegue a ela. Viva transformando tudo em
oportunidades, pois não importa o tempo que se vive e as frutas que amadurecem, mas
importa é como vivemos no tempo em que nos foi confiado.
Por favor,
faça escolhas certas....
Escolha
viver...
Diante do
Cesto de Frutos, tenha a proeza de enxergar como Deus quer que você veja...
Anderson
Barros
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