segunda-feira, 26 de março de 2012

CAFÉ COM INDIGNAÇÃO – Prova do TRF com alusão à Não-Deus

E assim caminha a humanidade..., num mundo paralelo do não-Deus. Mundo virtual, que cada vez tão real, criado pelo príncipe solto rebelado, juntamente com seus súditos iludidos, doutos de coisa nenhuma. Um mundo onde é mais fácil acreditar no acaso e que o melhor nesta vida é que cada um seja deus de si mesmo. Querem de fato enfatizar, que a sociedade viverá bem melhor sem Deus. A Arvore da vida sempre nos persegue. A mensagem é clara: Deus é um atraso para humanidade. Eu quero declarar nos mais sublimes dos tons que não! Estamos diante de uma involução humana em meio à evolução tecnológica.

Neste domingo ocorreu no Estado do Rio de janeiro a prova para o concurso publico do Tribunal Regional Federal 2a Região. Ontem após a aplicação da prova, tive uma indignada indicação de um dos textos utilizados na mesma, que ao meu ver foi uma verdadeira vergonha da propagação do que se espera dos profissionais de justiça deste país. Antes de relatar mais profundamente sobre o assunto, quero apontar ao meu conceito de justiça.

A justiça foi a primeira criação de Deus. Antes de tudo, antes de Gênesis, e digo utilizando os conceitos e princípios de Deus, indiretamente, nas entre linhas, tirados do próprio Gênesis. Vejamos: E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. Gênesis 1:26.

Ora, em primeiro lugar há um pensar divino, já apontando a sua Multi forma de se revelar à humanidade (pai, filho e espírito Santo). O mais relevante, porém está no trecho “façamos o Homem”, onde Deus indica a qualidade desse novo ser que existirá, Imagem e semelhança de Deus. Ou seja, imagem = Espírito compatível a Deus, pois Ele é Espírito, onde haverá a possibilidade de habitação e convivência eterna. Semelhança = atributos dados parecidos, aproximados com o do próprio Deus, porém não iguais. Isso tudo significava que este ser, teria a condição de pensar, executar, escolher, criar, etc.. veja bem não é uma frase qualquer. O “façamos o homem” é uma revolução de visão, amor e empreendedorismo de Deus. Para que essa revolução de fato alcançasse seu objetivo, seria necessário cativar, conquistar a sua adoração e ou escolhas. Ou seja, influência através de relacionamento. Mas seria muito fácil a escolha se não houvesse outra opção. Seríamos como marionetes na mão de Deus. Nisso é que vemos o principal objetivo de Deus em criar o mal, dar uma opção oposta para nossas escolhas. Portanto vejo tranqüilamente a criação do mal, como mal necessário. Por isso houve a permissão da rebelião e da rebeldia dos anjos. Mas digo que a justiça foi a primeira criação, pois diante de tudo isso nossas escolhas também deveriam ter suas conseqüências. Deus não predestinou nossas escolhas, mas predestinou as conseqüências das nossas escolhas. Se escolho algo bom, terei resultados bons, mas se escolho algo ruim, terei resultados ruins. Isso é fato, e foi criado por Deus.

Quanto ao homem, Deus na sua onisciência realmente existente, já conhecia a escolha do homem. Mas ao se deparar com a justiça, idealizou e criou a história mais linda de amor pela sua criação: a história da Misericórdia e a Graça. Ambas diferentes, ambas iguais. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; (Lamentações 3:22), e por isso existirmos mesmo com a escolha errada. E graça...bom a graça é a autenticação da misericórdia, com requinte transbordante de amor, onde alguém pagou o preço da justiça por nós, alguém sofreu morte de Cruz, porém pra ser um por todos, somente o próprio Deus poderia fazer isso. Jesus foi o cordeiro Santo de Deus, que foi morto para que todos nós tivéssemos vida. A única coisa que Deus quer da humanidade é que saiba que houve uma sentença, e que a justiça já foi feita, alguém já morreu pelo nosso pecado, e que todo aquele que Nele crer pode ficar tranqüilo, pois estará livre da condenação, que é se juntar eternamente em tormenta com aquele que brotou o mal. Aos que não crerem, conseqüentemente, não viverá como Ele quer, portanto pecado de Blasfêmia cometem, onde rejeitaram o pagamento feito, e assumem a própria dívida. É como se alguém tivesse sido preso justamente, porém tendo a condição de liberdade mediante fiança. Outro alguém paga, e este que fora condenado rejeita. Pagará com a prisão. A diferença meu amigo que no caso espiritual a tormenta é eterna. Eternamente com a ausência de Deus.

Dito isso, o TRF em sua prova neste final de semana incluiu um texto para avaliação de português, que de forma direta, força a todos de diferentes credos a responder o que não se é obrigado a responder. Um incrível constrangimento para aqueles que amam a Deus. Após pegar o nome da autora, consegui a fonte com o texto na integra.


"Já se foi o tempo em que os homens acreditavam ter sido feitos à imagem e semelhança de Deus. Era uma fantasia bonita, que dizia respeito à grandeza dos ideais e à insignificância da condição humana. Se o projeto original do ser humano correspondia à imagem e semelhança de Deus, cada homem particularmente se sabia tão dessemelhante da plenitude divina que deveria viver buscando a perfeição a que estaria destinado. O sentido de uma vida se escreveria, assim, de trás para a frente; era preciso agir de tal modo a fazer valer a aposta antecipada do Criador a respeito de suas criaturas. A era da religiosidade terminou no Ocidente, libertando os homens da servidão milenar em relação aos planos traçados por um Outro onipotente, onisciente e onipresente. O homem contemporâneo continua procurando um mestre a quem servir, e em última instância vai encontrá-lo no inconsciente. Esse desamparo provocou uma onda de novos fundamentalismos religiosos, da explosão das Igrejas Universais à proliferação de pequenas seitas delirantes que vêm agenciando as multidões desde as últimas décadas do século XX. Mas a religiosidade pós-moderna é uma espécie de religiosidade de resultados, que invoca as forças celestes para garantir as ambições terrenas dos fiéis. Jesus, que deu sua vida para trazer uma nova palavra aos homens, hoje é convocado como uma espécie de fiador dos projetos de ascensão social de suas ovelhas e sobretudo de muitos pastores e pastoras oportunistas. O homem ocupa hoje o centro de sua própria existência. Essa emancipação nos confronta com o vazio. Não há Ninguém lá, de onde esperávamos que um Pai se manifestasse para dizer o que deseja de seus filhos. Não fomos feitos para corresponder à imagem e semelhança de deus nenhum. Trata-se agora de reproduzir a imagem e semelhança de nós mesmos. Essa é a fantasia, ao mesmo tempo grandiosa e hedionda, da clonagem. Grandiosa pelo poder que confere à ciência e seus sacerdotes, supostamente capazes de abolir o acaso e a indeterminação da vida. Hedionda — pelas mesmas razões. Foi noticiado na semana passada o nascimento do primeiro clone humano. Não se provou ainda se a menina Eva, "criada" pela bispa, bioquímica e diretora da empresa Clonaid, Brigitte Boisselier, é de fato um clone de sua mãe, assim como ainda não se sabe de todos os problemas de saúde que um mamífero clonado pode apresentar. Mas não é isso o que quero discutir. Bispa, cientista e empresária, Boisselier é a mais completa tradução da combinação de interesses que fundamentam a seita Movimento Raeliano, representativa das novas formas de religiosidade de resultados a que me refiro. Se as igrejas Católica e Protestantes nunca foram alheias ao poder e à concentração de riquezas, a novidade do Movimento Raeliano consiste em criar uma ideologia que não funciona como ocultamento de seus interesses, mas como sua mais cínica expressão. A vida eterna é um produto industrializado e lucrativo, garantido pela clonagem, que permitiria a cada ser humano reproduzir a si mesmo, transmitindo aos descendentes sua própria consciência pelos séculos e séculos. A ciência e o capital conjugam-se para perpetuar sua reprodução, em nome da perpetuação de um sonho narcisista e mortífero. Eliminam-se, nessa operação, o acaso e o futuro — portanto, toda a esperança. O mundo humano será um eterno espelho de nós mesmos, de nossa mesquinhez, de nossas ridículas pretensões. A esperança de imortalidade já não se jogará mais no campo simbólico, nas grandes obras destinadas a sobreviver a seus criadores. A imortalidade será feita de carne, de gozo, de poder e de dinheiro." Maria Rita Kehl é psicanalista -  fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI34802-15230,00.html

Vamos para os meus “10 NÃOS” referente ao texto acima:
1-     NÃO se foi o tempo que fomos criados a imagem e semelhança de Deus, pois isto é essência. Faz parte de nós. Não está atrelado a tempo;
2-     NÃO é uma fantasia bonita a grandeza das idéias, pois de fato a humanidade carece de Deus. Somos insignificantes, limitados, fracos, imperfeitos, extremamente  emotivos para o bem e para o mal. Precisamos constantemente de orientação;
3-     O projeto Original NÃO era ser igual a Deus, mas sim semelhante. A busca da perfeição é uma utopia, porém busca-la, faz nos mais semelhantes a Deus;
4-     Deus NÃO é religião idealizado por homens, porém é a própria Religião através de Jesus Cristo. Foi o Único com coragem para dizer que Ele é o caminho a verdade e a vida, e principalmente o fato de que ninguém chegaria a Deus se não fosse por Ele;
5-     Concordo que há o uso dos falsos profetas a respeito do nome de Jesus, porém NÃO são todos falsos;
6-     A independência de Deus estabelecida na Não-Escolha Dele, para a autora do texto acima, trata-se de uma emancipação. NÃO é possível emancipar-se de Deus e ser feliz. O vazio vai continuar;
7-     NÃO fomos feitos para corresponder a nossa imagem e semelhança coisa nenhuma, mas sim ao próprio Deus, Sim;
8-     A Ciência NÃO possui poder de criar nada. Só Deus faz do Nada matéria prima. Se existir um clone, ele também terá que reconhecer a Deus, pois o seu espírito não foi clonado;
9-     A vida Eterna NÃO será criada pelo homem através da clonagem, a alma com ausência de Deus se auto-destruirá. A humanidade tem cavado sua própria cova.
10- A imortalidade NÃO será feita de carne, de gozo, de poder e de dinheiro. Para os que assim crêem, isso é máximo que terão. 

Que haja em nós todo cuidado. É lógico que a prova deve ser feita, sempre sabendo que a resposta é a visão do autor. Porém trata-se de um constrangimento enorme ter que redigir afirmações que pregam um pensamento muito presente. É só ver as liberações do nosso TSFJ, onde atendem tão somente ao apelo da desumanização do ser humano. Tenho liberdade de expressão, e a transmito aqui.

Anderson Barros

Nenhum comentário:

Postar um comentário